"(...) não atribuímos à técnica ou ao instrumento utilizado o sentido político da intervenção profissional, mas sim aos referenciais teórico-metodológico e ético-político que esses profissionais se baseiam para explorar, principalmente durante os trabalhos com grupos, a dimensão político-pedagógica inerente à profissão." (MOREIRA, O trabalho com grupos em Serviço Social: p.144)

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Dinâmica “Pão de Cada Dia”

Objetivo(s): debater algumas contradições que permeiam o senso comum em relação ao dinheiro e ao mundo do trabalho nos dias de hoje.


Metodologia: levar impressa a letra da música “Pão de Cada Dia” (do Gabriel, o Pensador; do álbum “Ainda é só o começo”) e distribuir para os participantes do grupo. Na música há cinco personagens: trabalhador, empresário, coveiro, policial militar e o dinheiro. Cada um desses apresenta um ponto de vista sobre determinados temas relacionados ao mundo do trabalho, sobretudo o dinheiro. Antes de tocar a música para o grupo (que pode ser ouvida aqui), pedir para que cinco integrantes assumam, voluntariamente, cada um desses personagens. Ao final da música, promover um debate entre todos os participantes, sendo que aqueles que assumiram os papéis deverão se manter nos personagens e tentar sustentar, durante o debate, os pontos de vista apresentados na música. O dinamizador poderá fazer perguntas aos personagens de forma a “esquentar” o debate e, após as respostar, perguntar aos demais (que não estão interpretando papéis) o que pensam sobre aqueles pontos de vistas.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Dinâmica “do Tangram”

Objetivo(s): refletir sobre a importância da participação política dos usuários junto à instituição no sentido de promover as mudanças almejadas.


Metodologia: colar / escrever em cada peça do quebra-cabeça japonês Tangram (foto abaixo) uma “peça” importante que compõe a instituição na qual você e os usuários estão inseridos (por exemplo, em uma escola: alunos, professores, grêmio estudantil, famílias, CEC, direção, funcionários). Embaralhar as peças e pedir para os participantes, de forma coletiva, montar um quadrado com todas as peças do quebra-cabeça em cinco minutos. Dar um tempo extra caso não tenham conseguido. Depois fazer a reflexão crítica sobre a importância da participação ativa de cada uma dessas “peças” junto à instituição no sentido de que esta venha, com isso, atender aos interesses da maioria. Falar das dificuldades inerentes a esses processos de disputas e mudanças e fazer relação com a dificuldade vivenciada pelo grupo na montagem do Tangram.


segunda-feira, 21 de julho de 2014

Dinâmica “das Balas”

Objetivo(s): propiciar uma situação onde a solução do desafio é o trabalho coletivo cooperado. Refletir sobre a importância do trabalho coletivo sem disputas e de forma solidária.


Metodologia: distribuir uma bala para cada participante e pedir para que eles a segurem com as duas mãos para trás. O desafio é desembrulhar a bala e colocá-la na boca sem tirar as mãos de trás do corpo. Também não é permitido soltar a bala sobre a mesa ou sobre a cadeira e pegá-la com a boca. Como o desafio é impossível de ser solucionado de forma fácil individualmente (exceto se no grupo tiver algum contorcionista... rs), apenas quem trabalhar em equipe conseguirá pôr a bala na boca: um coloca a bala, ainda com as mãos para atrás do próprio corpo, na boca do outro participante que, depois, faz o mesmo.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Dinâmica “do Kadin”

Objetivo(s): ressaltar a importância do trabalho coletivo de forma realmente cooperativa e democrática.


Metodologia: distribuir uma folha de papel ofício para cada participante (no mínimo seis). Dizer para o grupo que o objetivo da Dinâmica é que o grupo construa um boneco e que cada participante ficará responsável por desenhar uma parte do boneco. Distribuir canetinhas e lápis de cor e deixar o grupo trabalhar sozinho por uns dez minutos. Passado o tempo é hora de montar o boneco (montar com fita adesiva na parede, ou no quadro, ou no chão mesmo). Caso o grupo não tenha trabalhado de forma coletiva efetivamente, o boneco certamente será um monstro com um braço maior do que o outro, pernas de tamanhos, cores e formatos diferentes, cabeça maior que o corpo etc. O dinamizador então tem a possibilidade de refletir com o grupo o porquê do boneco ter ficado daquele jeito: o grupo trabalhou de forma cooperativa ou cada um fez somente o seu trabalho sem se importar com o trabalho do outro? O boneco era o objetivo do trabalho de cada um ou cada um só se importou em fazer a sua parte sem projetar inicialmente o boneco, como um todo, como o objetivo do trabalho individual e coletivo? Essa Dinâmica permite ao dinamizador trabalhar com o grupo, de forma lúdica, categorias e conceitos importantes como o sentido teleológico do trabalho, a alienação/estranhamento do trabalhador no modo de produção capitalista, a importância de experimentarmos formas coletivas de trabalho contra-hegemônicas etc. O dinamizador pode ainda distribuir novas folhas em branco para que o grupo, dessa vez, trabalhe realmente de forma coletiva na construção de um novo boneco. EM TEMPO: dei o nome de “Dinâmica do Kadin” porque numa vez que a apliquei com um grupo de adolescentes, os jovens deram esse nome para o boneco (que ficou fixado na sala de aula deles até o final do ano), pois ele era o resultado de um trabalho feito com um “kadin” de cada um.

Dinâmica "Corrida na Floresta"

Objetivo(s): propiciar a reflexão, a partir de uma experiência lúdica, sobre a forma desigual que se estrutura a sociedade de classes no capitalismo.


Metodologia: em um saquinho colocar pequenos pedaços de papel dobrados e em somente um destes papéis deve estar escrito a palavra “leão”. Em três outros papéis deve estar escrito a palavra “raposa” e em todos os demais (que deve ser a grande maioria dos papéis) deve estar escrito “rato”. Importante: o número de papéis deve ser idêntico ao número de participantes. Colocar sobre uma mesa balas e bombons sortidos. Pedir para que cada participante pegue um papelzinho e leia somente para si. Pedir então para quem tenha sorteado o papel com a palavra “leão” vá até a mesa e sirva-se à vontade (certamente os melhores doces serão pegos já nesse primeiro momento). Depois disso, as pessoas que sortearam os papéis com a palavra “raposa” terão só cinco segundos para irem ao mesmo tempo pegar seus doces. O dinamizador deve dizer “já” para dar a largada da corrida e, depois de cinco segundo, dizer “chega”, e as raposas não poderão pegar mais os doces. Certamente poucos doces sobrarão depois disso. Por fim, chega a vez dos ratos. Todos os demais participantes devem – depois do “já” do dinamizador – correr até à mesa para pegar as sobras. Em instantes não haverá mais nada. Certamente alguns ratos pegarão poucos doces e outros ratos sequer isso. Reúna novamente todos os participantes em círculo e dê início à reflexão. Pergunte primeiro o que cada “bicho” achou da Dinâmica: o leão (muito privilegiado), as raposas (com algum privilégio) e os ratos (que ficaram só com os restos). Depois pergunte ao grupo se é possível fazer um paralelo entre a “Corrida na Floresta” e a sociedade capitalista em que nós vivemos. Quem são os leões na nossa sociedade? Por que eles são leões? Quem são as raposas e os ratos? Há mais ratos ou leões na sociedade capitalista? Se há doces para todo mundo, por que alguns poucos comem mais e melhor do que a grande maioria?

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Dinâmica “do Ponto”

Objetivo(s): proporcionar reflexão sobre preconceitos.


Metodologia: pegar uma folha totalmente em branco (papel ofício) e fazer um ponto no centro. Perguntar ao grupo o que eles veem. As respostas costumam ser: “um ponto”, “um rabisco”, “uma marca” etc. O dinamizador então diz: “Não. O que vocês estão vendo é uma folha”. E então o dinamizador tem a possibilidade de refletir sobre como em nossa sociedade as pessoas estão acostumadas a enxergar somente as marcas, as características, os “defeitos” e não o todo. Uma folha é uma folha, com ou sem um ponto, assim como uma pessoa é uma pessoa, com ou sem deficiência, com ou sem cabelo crespo, gordo ou magro, heterossexual ou não.

terça-feira, 1 de julho de 2014

Dinâmica “Apresentação e Característica”

Objetivo(s): fazer com que, de maneira divertida, os integrantes do grupo se apresentem. Facilitar a fixação dos nomes.


Metodologia: em círculo, pedir para uma primeira pessoa dizer seu nome e uma característica sua – em apenas uma palavra – que comece com a primeira letra do seu nome (ex: Felipe / feliz). Depois pedir para que a pessoa ao lado repita o nome e a característica ditos pela primeira e, então, diga o seu próprio nome e uma característica sua que comece com a primeira letra do seu nome. A terceira pessoa deverá repetir o nome e a característica das duas primeiras pessoas e dizer o seu próprio nome e característica. Assim sucessivamente até a última pessoa. Caso o grupo seja composto por poucas pessoas, o dinamizador poderá repetir toda a operação em sentido contrário. 

Dinâmica “das Falas”

Objetivo(s): possibilitar a reflexão coletiva sobre a instituição sob diversos pontos de vista.


Metodologia: durante o dia a dia no seu trabalho, anotar frases significativas (positivas e negativas) ditas por integrantes da instituição (incluindo, profissionais, usuários, familiares etc). Escrever cada frase em um papel, sem nome ou qualquer outra referência do seu autor. Na atividade com grupo colocar os papéis em um saco e pedir para que cada integrante pegue um e leia em voz alta. Depois de todos terem cumprido essa etapa, abrir para discussão crítica.

Dinâmicas "Identidade e Valores"

Objetivo(s): colocar o adolescente em contato com seus próprios valores, levando-o a refletir sobre o que ele considera mais importante em sua vida.


Metodologia: escrever na lousa algumas frases que expressem uma atitude diante da vida ou um valor. Exemplos: a) para ir a uma festa, Beto não hesitou em gastar as economias que tinha para comprar uma calça nova. (valor subtendido: a importância do “ter”); b) Cleide ofereceu-se para cuidar da irmã caçula para sua mãe ir ao supermercado, mesmo tendo que adiar o encontro com o namorado. (valor subtendido: solidariedade). Listar algumas ações que tenham importância para os participantes, tais como: “Ir a uma festa”; “Sair com o(a) namorado(a)”; “Cuidar da irmã (ou irmão) caçula”; “Estudar para uma prova”; “Sair com amigos” e “Fazer o dever da escola”. Distribuir uma folha de papel para cada participante e pedir que eles a dobrem ao meio (de maneira que eles tenham dois lados, um direito e outro esquerdo). Em seguida, pedir que escrevam do lado direito da folha, em ordem de importância, algumas ações listadas que fazem parte do seu dia-a-dia. O dinamizador deverá pedir que, do lado esquerdo da folha, o participante escreva: “quando eu era criança, para mim as coisas mais importantes eram”. Depois deverá pedir que leiam os dois lados da folha comparando-os, estabelecendo as diferenças entre o que hoje acham importante e o que achavam importante quando eram crianças. Em pequenos grupos, os participantes deverão então discutir o que pensam e, depois de voltarem para o grupão, o dinamizador deverá coordenar a discussão polemizando as escalas de valores atuais e de quando eram crianças e que tipo de valores as pessoas atualmente tendem a priorizar.

Dinâmica "da Cooperação"

Objetivo(s): demonstrar a importância do trabalho coletivo.

Metodologia: todos os participantes devem receber a metade de uma folha de papel ofício e dobrá-la em várias partes. Depois devem tentar, sem sucesso, rasgar o papel e, com isso, perceber que unidos somos mais fortes.